Recentemente, a nDreams, famosa por suas criações imersivas no universo da realidade virtual, anunciou uma reestruturação que poderá impactar até 17,5% de sua equipe. Com um portfólio que inclui títulos como Far Cry VR e Synapse, a desenvolvedora britânica, fundada em 2006, enfrenta tempos desafiadores em um mercado que exige adaptação e inovação.
Atualmente dividida em quatro equipes – nDreams Studio, Orbital, Near Light e Elevation – a empresa conta com cerca de 250 colaboradores. Isso significa que, infelizmente, mais de 40 funcionários podem ser afetados pelas demissões. Em uma declaração esclarecedora, o CEO Patrick O’Luanaigh apontou o cenário competitivo da indústria de jogos de realidade virtual como um dos principais motivos para essas mudanças. Ele ressaltou a necessidade de um “foco estratégico renovado” para garantir que a nDreams se mantenha à frente no desenvolvimento de experiências VR.
O’Luanaigh expressou sua preocupação com os impactos emocionais que essa situação pode causar, afirmando: “Estamos comprometidos em apoiar nossa equipe com o respeito e o cuidado que eles merecem durante este processo desafiador.” Ele também mencionou que a empresa está fazendo esforços contínuos para ajudar os colaboradores afetados na transição para novas posições, seja na própria nDreams ou em outras oportunidades no mercado.
Desde 2013, a nDreams tem se dedicado exclusivamente ao desenvolvimento de jogos de VR, e essa trajetória não foi isenta de desafios. O CEO observou que converter um pequeno estúdio independente em um líder global em jogos de realidade virtual é uma tarefa árdua. No entanto, a esperança permanece intacta, com a crença de que os jogos em XR (realidade estendida) irão prosperar nos próximos anos.
Com relação aos projetos em andamento, como os aguardados VR Frenzies e Vendetta Forever, O’Luanaigh assegurou que esses títulos não serão afetados pela reestruturação, com a expectativa de que as mudanças fortaleçam o portfólio da empresa e atendam melhor ao público atual e futuro.
Essas demissões ocorrem em um ano já marcado por um clima de incerteza na indústria de games, que viu mais de 12.500 trabalhadores perderem seus empregos. A Sony, por exemplo, demitiu 900 funcionários da PlayStation, enquanto as recentes mudanças na Microsoft afetaram aproximadamente 2.550 trabalhadores do Xbox. A situação leva à reflexão sobre os desafios que o setor continua a enfrentar, como explorado por Chris Dring em suas análises sobre as demissões em massa na indústria.
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